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Um dos raros dias de sol em South Bay, com os montes Friesland em último plano.
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Baleia de bossas em South Bay.
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Com o Marc a festejar a conclusão dos trabalhos de campo na manhã da partida da ilha Livingston.
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Avião DAP que fez a ligação entre King George Island e Punta Arenas.
3 de Fevereiro de 2011
Voo entre a Base Frei e Punta Arenas

Estamos a voar sobre a Passagem de Drake num BAE146 da DAP que leva pessoal de diferentes programas científicos: búlgaro, chinês, espanhol, russo... e português, está claro. Viajam ainda no avião alguns turistas que fizeram uma visita de poucas horas à ilha de King George, aproveitando alguns lugares disponíveis no voo.  Estão comigo o Jim  e o Marc. O Ivo, o Alberto e o Gabriel ficaram na ilha Deception. Dirigimo-nos a Punta Arenas, na Patagónia Chilena, cidade a 1500 km da Antárctida, onde voltaremos a encontrar-nos com a civilização. 

A campanha, para nós, chegou ao fim. Os últimos dias foram de trabalho muito intenso e foi impossível conseguir algum tempo para escrever para o blogue. Trabalhámos sem parar de manhã até à noite e as condições meteorológicas não ajudaram nada. Nas quase duas semanas passadas na base bulgara tivemos quase sempre temperaturas de cerca de +2ºC e uma chuva constante e irritante que limitava o uso do equipamento científico e nos deixava literalmente ensopados. 

Os trabalhos principais foram todos realizados, embora não tenhamos conseguido ter tempo para algumas das actividades planeadas. Acordávamos às 7h30-8h00 e trabalhávamos normalmente até às 20h00. Depois de jantar, voltávamos a trabalhar mais cerca de 2h00. Ainda não sabemos porquê, mas este ano havia mais neve do que o normal na área da base búlgara. No entanto, a cerca de 2km de distância na àrea da base espanhola, a neve estava próxima do normal. Pensamos que foram as condições locais na base bulgara, que tem um glaciar a cerca de 200m e um regime de vento diferente do normal que deve ter produzido esta acumulação excessiva de neve. O vento, ao varrer o glaciar foi redistribuindo a neve para as áreas mais baixas. Nas àreas sem glaciares a barlavento, esta alimentação anómala de neve não se verificou e o terreno ficou livre de neve mais cedo. O excesso de neve causou-nos  bastantes dificuldades, pois para nos deslocarmos tivemos que usar motos de neve quase todos os dias e as viagens mais curtas, a pé, na neve, demoravam muito mais tempo que o normal.

No dia 30 começámos a arrumar parte do equipamento, deixando de parte apenas aquilo que iamos precisar nos dois dias seguintes. Em duas viagens de zodiac, nos dias 31 e 1, transportámos quase tudo para a base espanhola, onde metemos tudo em caixas maiores para depois serem transportadas no Las Palmas para Lisboa. Só voltaremos a vê-las em finais de Abril, sendo depois necessário desempacotar tudo, limpar e verificar se está tudo funcional. Nos nossos computadores portáteis e discos externos, transportamos os dados recolhidos na campanha. Registos meteorológicos, dados GPS, dados de estação total, dados de temperaturas e resistividade do permafrost, amostras de solo, e muitas fotografias são os resultados brutos de cerca de 5 semanas de trabalho na Antárctida. Agora falta analisá-los, tarefa que nos vai levar vários meses.

Talvez o momento mais impressionante da campanha tenha sido quando, depois de levarmos as caixas à base espanhola, no dia 1, termos decidido ir dar um pequeno passeio de Zodiac na South Bay. O objectivo era aproximarmo-nos do glaciar que, com uma frente escarpada de gelo de cerca de 30m, se vai desfazendo em desabamento enormes para dentro da baía, com sons semelhantes a uma trovoada. A paisagem em South Bay é extraordinária, com glaciares em todo o redor e ao fundo, com os incríveis Montes Friesland, só visíveis nos raros dias de sol e que sobem 1700 metros acima do mar. Mas o melhor, estava para vir. Baleias, que este ano quase não tinhamos observado, encontravam-se na baía. Pelo menos duas, enormes baleias de bossas nadavam e alimentavam-se de krill no interior da baía. Desde a minha primeira campanha em 2000 que não me tinha aproximado tanto das baleias. É incrível vê-las de perto e ouvi-las expelir enormes jactos quando vêm à superfície respirar. Foi mais um momento mágico que a Antárctida nos ofereceu antes da despedida.
francisco e joão
2/9/2011 05:41:22 pm

olá. Nós somos do colégio de santa Doroteia. Gostávamos de saber como foi a sensação de poder explorar a Antárctida.
Como foi pisar um continente Coberto de gelo?

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Dani e Margarida
2/9/2011 05:49:32 pm

Olá!Nós somos alunas do colégio de Santa Doroteia,já vimos as imagens e achamos muito fixe(eu,Guida não sabia que havia terra sem neve na Antártica),teres passado tanto tempo na Antártica!
perguntas:
Dani- Viste alguma orca?:D
Guida-qual foi a temperatura maxima e minima quando estiveste lá???^.^
Dani e Guida-Quantas espécies de animais viste ao todo???XD
bjs das duas!

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Manel
2/9/2011 05:54:19 pm

Ola eu gustava de saber mais sobre a voça exploraçao e tam tem vos acho muito corajosos eu sou aluno da profesora Elisa Amado se calhar nao de lembra dela e profesora no colegio de santa doroteia

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Mariana e Ana Flor
2/9/2011 05:55:16 pm

Olá Gonçalo Vieira! Estudamos no C.S.D., na turma 7ºA.
Queríamos perguntar qual a temperatura da água, e como conseguiu tomar banho???
Quais eram as temperaturas máximas?
Continuação de bom trabalho!
Bjs Ana Flor e Mariana!!!

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ANONIMO
2/9/2011 05:56:35 pm

POTUGAL PORTUGAL

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Maria, Francisca e Iva
2/9/2011 05:56:57 pm

Olá.
Nós somos do Colégio De Santa Doroteia.
A nossa stora, Elisa Amado falou-nos de si e da sua expriência na Antárctida.
Gostávamos de saber quantos graus estão aí?
Gostávamos de o conhecer pessoalmente e queriamos, se fosse possível, quando vier da sua expedição se podería vir aqui ao colégio falar desses dois meses que passou e que ainda está a passar.
Obrigada pelo seu tempo!!! :D

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Patrícia Azinhaga
2/9/2011 06:40:01 pm

Olá Gonçalo

Tenho falado muito em si e em todos os investigadores que se dedicam às zonas polares aos meus alunos do 8º ano. Temos acompanhado o seu blog e por diversas vezes acabamos as nossas aulas com uma "espreitadela às novidades" que nos vai dando de tão longe.
Muito obrigado pela partilha das fantásticas experiências e fotos que vai publicando ( a dos montes Friesland está simplesmente brutal). A oportunidade de conseguir um dia de sol e de conviver com algumas baleias foi uma despedida em grande.
Que corra tudo bem no regresso ao nosso país e que os resultados do vosso trabalho sejam positivos.
Um abraço

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1/25/2012 11:24:02 pm

Fine info bro

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1/27/2012 07:19:26 am

will be restored shortly

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2/25/2012 11:59:06 am

is soon

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3/28/2012 12:17:42 am

good post

Reply
3/30/2012 10:15:45 pm

nice post

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6/24/2012 08:40:20 am

Was just taking a break and wanted to post here

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7/15/2012 11:46:55 am

nice post

Reply
9/19/2012 11:34:53 am

Just dropped by to say hello, so, hello mate!

Reply
9/24/2012 10:04:36 am

nice post

Reply
4/18/2013 07:11:46 am

I need to find more posts like this one, hope somebody has somme suggestions.

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4/19/2013 04:22:57 am

Lovely pictures, I love whales, they are amazing creatures.

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    Gonçalo Vieira é coordenador do Grupo de Investigação em Ambientes Antárcticos do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG/IGOT-UL) e relatará neste blogue a sua experiência como responsável pela campanha PERMANTAR-2. Este projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tem permitido a Portugal manter actividades regulares na região da Península Antárctica e a consolidar o seu papel internacional no estudo do solo permanentemente gelado (permafrost) e das consequências das alterações climáticas sobre ele.

    O PERMANTAR-2 é um projecto português que envolve parcerias com a Argentina, Brasil, Bulgária, Espanha e Estados Unidos da América.
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